O corpo e a mente estão interligados e os bloqueios emocionais muitas vezes se manifestam como tensões musculares e padrões de respiração. Nas sessões, vamos conversar para entender as dificuldades vividas, trazer consciência para os temas e vamos sempre buscando conectar o que está sendo dito, ao que está sendo vivido, sentido no corpo.
Suponha que uma pessoa deseja ser mais assertiva e estabelecer limites mais claros em suas relações. Ela reconhece a necessidade de melhorar nesse aspecto, mas se sente presa em um padrão de se silenciar, flexibilizar demais e negligenciar suas próprias necessidades. Essa tendência de priorizar os outros tem causado tristeza e problemas em suas relações.
No processo terapêutico, exploramos os sentimentos, medos e ideias por trás desse comportamento para ampliar a compreensão da pessoa sobre si mesma. Busca-se facilitar a liberação de emoções que podem estar guardadas, muitas vezes sem que a pessoa tenha consciência delas. Fazemos isso de maneira cuidadosa e acolhedora.
Além dessas etapas, trabalhamos para que a pessoa sinta e experimente a sensação de poder, força e segurança no corpo. Temos algumas técnicas pra isso que vão além de apenas falar sobre o assunto, envolve mobilizar, sentir, liberar a emoção. Não focamos apenas no pensamento, mas também na experiência. Por exemplo, mobilizar a raiva de maneira saudável pode ser um recurso importante para recuperar a sensação de força e autoconfiança.
Durante o trabalho de mobilização de raiva, auxiliamos nas resistências que tendem a aparecer. Pode ser que a pessoa não seja habituada a sentir essa emoção, tenha o padrão de reprimir, negar e evitar. Provavelmente tem ideias e crenças de que esse deve ser sempre a melhor estratégia, por isso se vê com frequência sendo invadida ou até abusada em suas relações interpessoais.
A combinação desses métodos, dentro de um ambiente terapêutico seguro, acelera o aprendizado sobre como ser mais confiante e estabelecer limites necessários em suas relações.